Ao saudar os fiéis de língua portuguesa conectados para a Audiência Geral, o Papa Francisco dirigiu sua oração às vítimas do coronavírus
“Nestes dias a minha oração é por quantos sofrem com a pandemia, de modo especial em Manaus, no norte do Brasil. Que o Pai das Misericórdias lhes sustente neste momento difícil. Lhes abençoo de coração!”
Essa foi a saudação que o Papa Francisco dirigiu aos fiéis de língua portuguesa na Audiência Geral desta quarta-feira, 20 de janeiro, manifestando sua proximidade com o povo do Amazonas que tem sofrido as consequências do aumento do número de casos de covid-19 e do colapso no sistema de saúde.
Em abril de 2020, o Papa Francisco também manifestou seu zelo pastoral com a região diante da pandemia. Na primeira onda da covid-19, Francisco ligou para o arcebispo de Manaus, dom Leonardo Steiner, para manifestar a sua solidariedade e proximidade às vítimas do novo coronavírus. Era o dia 25 de abril de 2020.
Audiência geral
Na Audiência Geral desta quarta-feira, o Papa Francisco falou sobre a oração pela unidade dos cristãos, celebrada mundialmente na semana de 18 a 25 de janeiro – no Brasil, a celebração ocorre no mês de maio, próximo à Solenidade de Pentecostes. Durante esse período, cristãos invocam de Deus “o dom da unidade a fim de superar o escândalo das divisões entre os crentes em Jesus”.
Depois da Última Ceia, Ele rezou pelos seus, «para que todos sejam um só» (Jo 17, 21). Foi a Antes da Paixão, recordou o Papa, Jesus rezou pelos seus, “para que todos sejam um” (Jo 17, 21), “poderíamos dizer o seu testamento espiritual”.
“Observamos, contudo, que o Senhor não ordenou aos discípulos a unidade. Nem lhes fez um discurso para motivar a sua necessidade. Não, Ele rezou ao Pai por nós, para que fôssemos um só. Isto significa que não somos suficientes, apenas com as nossas forças, para realizar a unidade. A unidade é, antes de mais, um dom, é uma graça a ser pedida com a oração”, ressaltou o Papa.
Permanecei no meu amor
Francisco também divulgou o tema da Semana de Oração pela Unidade Cristã de 2021: “Permanecei no meu amor e dareis muito fruto” (cf. Jo 15, 5-9). O Papa explicou que a raiz da comunhão é o amor de Cristo, “que nos faz superar os preconceitos para vermos nos outros um irmão e uma irmã que devemos amar sempre”. Desse modo, garantiu, “descobrimos que os cristãos de outras confissões, com as suas tradições, com a sua história, são dons de Deus, são dons presentes nos territórios das nossas comunidades diocesanas e paroquiais”.
“Comecemos a rezar por eles e, se possível, com eles. Desta forma, aprenderemos a amá-los e a apreciá-los. A oração, recorda-nos o Concílio, é a alma de todo o movimento ecuménico (cf. Unitatis redintegratio, 8). Portanto, que a oração seja o ponto de partida para ajudar Jesus a realizar o seu sonho: que todos sejam um só”, motivou o Papa.
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